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O Futuro

Por Alexandre Fernandes de Oliveira

15 de maio de 2020

Abril de 2020

Todo o planeta enfrentando uma pandemia, países se uniram para enfrentar um inimigo invisível, mortal, um vírus causando muitas mortes e o caos na saúde superlotando os hospitais e em sequência a crise mundial. Obrigando as pessoas a se isolarem em suas casas, por não existir uma vacina contra uma doença que leva a óbito em poucos dias. Fazendo os governos dos países terem que decidir quem vive e quem estará condenado a morrer jogado nas ruas.

 

Como está escrito nas escrituras sagradas, a peste que tirou a vida dos primogênitos de cada família se repetindo. Além do risco de contrair o vírus, a fome vem castigando os povos, famílias proibidas de se quer poderem dar um abraço, confortar e dar apoio a um irmão, e como já não bastasse, a dor de não poder se despedir um ente querido, vítima da pandemia.

 

Uma doença que começou na China e chegou ao Brasil, um país que está se recuperando de uma crise econômica gigantesca causada pela corrupção. E no meio de uma batalha pela vida, ter que lidar com escândalos político, uma corrupção que parece não ter fim, a briga pelo poder entre políticos que colocaram o país em uma situação incapaz de cuidar de seu povo. Hospitais sucateados pelas propinas, e enfermeiros deixaram seus lares para proteger a família e passaram a morar nos hospitais e que dão a própria vida por pessoas desconhecidas.  Os poucos hospitais que existem não suportam uma demanda gigantesca de doentes e acidentados.

 

No meio da pandemia, a crise vergonhosa e, a briga pelo poder dos corruptos mostra o retrato de um país sem Lei, em que o crime compensa. A menor preocupação dos políticos é acabar com os criminosos. Muito menos tirar das ruas os batedores de carteira, gangs e arruaceiros. Para os políticos, tirar o crime das ruas é dar poder ao povo, tirando o deles, quando mais escravizado e dependente o povo, melhor para eles.  Sempre foi interesse dos políticos manter o crime, pois assim eles criam uma população com medo e sem informação. Estabelecem o equilíbrio necessário para seus próprios interesses em que a “ordem” serve como um meio de proteção impedindo que o brasileiro de bem tenha o direito de se manifestar.

 

Cenas de um filme de ficção cientifica real, envolvendo crime político, pandemia e fome. A origem da possível extinção humana. Ou melhor, a extinção da moralidade, justiça e bons costumes.

Tempo Atual

Junho de 1986

Posso ver a expressão assustadora na face das pessoas saindo da sala do cinema horrorizadas ao assistir o filme “Pandemia e corrupção”, muitas delas em silêncio e com medo por tudo aquilo que aconteceu em um filme de ficção completamente assustador. O que a políticos corruptos aliados a facções criminosas, são capazes de fazer a uma nação. Como seria possível lidar com tal situação.

 

Meditando com relação a isso ao lado de minha namorada, também chocada por essas coisas não fazerem parte de nossa vida, mas enfim foi apenas um filme de ficção, paramos em um carrinho de pipoca. Passeando seguros pela avenida Ipiranga e avenida São João, voltamos para casa vendo as pessoas felizes em um final de noite maravilhosa de domingo. Passei a analisar as situações no tempo de hoje. A dívida externa que sangra o povo brasileiro, a desvalorização de nossa moeda e agora estamos com esperança no cruzado que foi lançado como parte de um pacote de medidas para tentar conter a inflação. Será que vai dar certo? Já vimos este filme tantas vezes com o cruzeiro. Mas temos a esperança de que as coisas irão se ajeitar e teremos um futuro melhor. Ao passar em frente ao cinema Olido somos surpreendidos. Mas nada perigoso, apenas um fotografo que fica de plantão fotografando os casais que passam pela calçada, cumprimenta-nos e me entrega um cartão para retirar a fotografia.

 

Ainda bem que não temos os crimes que vimos no filme 2020, mas eu sei bem que este o problema possa existir no futuro se esses políticos que vemos nas charges dos jornais e TV não trabalharem pelo bem da sociedade. Infelizmente hoje existe alguns políticos duvidosos e alguns funcionários públicos que se aproveitam de situações para extorquir pessoas, como o fiscal que vai sempre na oficina do meu pai para arrancar um dinheiro dele por conta de um fio que estava desencapado, o cara procura coisas nada a ver e faz disso um perigo mortal, perigo tão mortal que deixa de ser com uma simples notinha de 50 no bolso dele, vontade de encontrar este cara dar uma bela surra que não levou dos pais e denunciar, uma pessoa assim não deveria ocupar esta função. Me lembro dos ensinamentos de minha professora oriental na aula de Educação Moral e Cívica, como é importante essa matéria para formar uma sociedade de caráter, para que coisas deste tipo não aconteça. Sei que logo com a educação no Brasil vai acabar até com a corrupção no esporte pelos cartolas. Este país manda quem tem poder e sempre foi assim, não é muito difícil a ficção do filme se tornar real.

O editor

Minha intenção com essa história verdadeira, mas com as épocas invertidas no tempo, é mostrar o tamanho do preconceito que existe nessa matéria da revista Placar de 1986. O real motivo da reportagem querer passar para as academias a responsabilidades de coisas que aconteciam na época que não tinha nenhum cabimento, na intenção de denegrir a imagem de academias sérias que eles não estavam conseguindo tirar a sua propina. Como nunca existiu uma lei que proíba academias corretas de funcionar só porque não são federadas, então acusavam academias com calúnias, difamando perante a sociedade com a única intenção de fechar o estabelecimento. Usavam a imprensa porque não havia na época as mídias sociais de hoje e era muito fácil enganar as pessoas.

 

Qualquer pessoa hoje pode ler essa matéria e chegar a conclusão dos fatos. Eu que participei da evolução dessa nobre arte criada pelo mestre Luiz Távora, me sinto na obrigação de defender o que eu acredito e o que eu vi e presenciei. Por outro lado, hoje eu vejo como é bom saber o quanto incomodávamos quem realmente deveria ser colocado de escanteio. Ser federado ou não, é uma escolha como qualquer outra que fazemos na vida, e ser federado não é importante. Para que participar de torneios se o real significado do karatê está dentro de nós mesmos, e não precisa ser provado nada a ninguém, somente a nós mesmo com as nossas conquistas e capacidades. Se aparecer através de lutas, troféus ou medalhas, não faz de nós melhores que somos. O significado das artes marciais está dentro de cada um de nós, sendo verdadeiros exemplo de pessoas dignas de moral e bondade. Este é o verdadeiro caminho das artes marciais.

 

Alexandre Fernandes de Oliveira

A revista

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Ribeiro (no centro) e seus Guerreiros do Caratê: contra os métodos passivos e submissos dos orientais

CARATÊ

GOLPE NOS VERMELHOS

 

Muitas academias clandestinas se identificam com esta cor e pregam métodos bastante violentos. Os dirigentes, porém, lutam contra elas

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O caratê ensina que doses elevadas de modéstia, humildade e tolerância não fazem mal a ninguém. Ao contrário, ajudam a apurar o autocontrole. Golpes de caratê bem aplicados ou usados com instinto violento, porém, causam sérios danos. É o que mostram alguns boletins policiais nos últimos meses. Esta arte marcial, fecundada nos mosteiros de monges chineses e desenvolvida como luta de autodefesa pelos japoneses, matou o capixaba Israel Nascimento da Silva, o gaúcho Alex Thomas e o carioca Carlos Henrique dos Santos. Em Porto Alegre, a chamada Gang da Matriz, formada por rapazes da classe média alta que lutam caratê, massacrou Alex, um garoto de 16 anos, sem motivo aparente.

 

Carlos Henrique, um ano mais novo, recebeu um soco fatal no peito durante uma discussão com o colega Almerindo Machado, fã de Bruce Lee – o grande herói cinematográfico das lutas marciais. Mas nem só em brigas de rua é que o caratê faz suas vítimas. Israel, um faixa marrom de 27 anos, tombou num dojô – que no caratê corresponde ao tatâmi do judô – em Guarapari, no Espírito Santo, durante uma competição regional. Um golpe do adversário Roberto Monteiro causou-lhe traumatismo craniano e a morte.

Este assunto polêmico poderia ser tratado apenas como um caso isolado da crise social da violência urbana do país. Mas, como é bem maior que isso, acabou servindo de ponto de partida para uma espécie de campanha de saneamento nas academias de caratê. Nelas, afinal, podem estar alastrando-se os vírus dessa agressividade. "Apenas 10% das 1 500 academias da Grande São Paulo são oficiais”, contabiliza Ênio Vezzuli, presidente da Federação Paulista de Caratê, fundada em setembro de 1974. “Nossa meta é acabar com a clandestinidade para reduzir o índice de violência."

QUIMONOS NA CAMA – O alvo inicial desta luta está na periferia de São Paulo, onde o problema assume dimensões mais assustadoras. São os Guerreiros do Caratê. Luís Ribeiro Távora é o mestre dos Guerreiros, que se vestem de vermelho e seguem um estilo bem agressivo comparando-se às academias oficiais. “Quimono é puro folclore oriental e pode ser usado pelos japoneses até para dormir", contra-ataca Ribeiro. "Sou um subversivo do esporte", crê. Há cinco anos, ele fundou o Sistema Brasileiro do Karatê (SBK), um método também adotado por outras 15 academias na Grande São Paulo. Deste modo, Ribeiro pretende oferecer aos praticantes algo mais adequado à natureza latina. "Os orientais são passivos e submissos. O brasileiro necessita de um caratê com características próprias", justifica, com ar solene.

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CARATÊ

As acrobacias de Bruce Lee nas telas dos cinemas populares, a violência urbana e o preço mais baixo de uma mensalidade neste tipo de academia acabam influenciando na hora da inscrição. Quem bate à porta de uma delas quase sempre se deixa levar pelo sonho de se tornar um implacável lutador. Como Bruce Lee, que mais parece ter oito tentáculos no lugar das duas pernas quando enfrenta uma legião de inimigos.

DIPLOMAS ILEGAIS – Passam despercebidas, então, as diferenças entre uma academia clandestina e outra oficial. A Federação Paulista emite alvarás de funcionamento, que devem ser afixados em local visível. Qualquer faixa preta é obrigado a portar um diploma oficial e ter o nome inscrito no Registro Geral de Faixas Pretas de Caratê do Brasil. Ninguém chega a faixa preta com menos de cinco anos de prática e 18 anos de idade.

 

Cresce a violência,

mas o Brasil quer uma

medalha olímpica

 

“Não basta ser faixa preta para dar aulas", avisa o presidente Vezzuli. Antes de se tornar um instrutor – ou mestre –, o carateca terá de passar pelos estágios de monitor e auxiliar. Para isso, é necessário que o candidato tenha uma faixa preta de terceiro grau.

Ribeiro apresenta-se como um faixa preta do oitavo grau, em 11 possíveis, embora seu nome e seus métodos não sejam reconhecidos pela Federação Paulista. Oficialmente, existem apenas dez graus. Para se chegar ao oitavo, é exigida uma idade mínima de 55 anos. Ribeiro tem 37. Os diplomas do SBK, que ele distribui a seus alunos, também não têm qualquer valor legal. Cabe exclusivamente a uma federação fazer exames de graduação e conferir diplomas a instrutores.

CAMPEONATO PIRATA – O projeto de saneamento em São Paulo, onde existem cerca de 100 000 praticantes do esporte, já corre a pleno vapor. Este é o momento propício para revigorar a imagem do caratê, reconhecidamente olímpico desde junho do ano passado e com as portas abertas nos Jogos de 1992. O Brasil tem motivos de sobra para desde agora sonhar com uma medalha. Um ano atrás, no Rio de Janeiro, foi tricampeão pan-americano por equipes e, em 1983, havia conquistado o quarto lugar no Mundial do Egito. "Há um contra-senso", reclama Marco Antônio Fialdini, diretor da Federação Paulista. "Enquanto o caratê oficial cresce, a proliferação das academias clandestinas também aumenta."

CONHEÇA AS ZONAS FATAIS

O praticante de caratê dispõe de um pequeno arsenal de golpes para colocar fora de combate qualquer inimigo. Mãos, pés, joelhos e cotovelo, com movimentos sincronizados e potentes, em diversas partes do corpo, podem ser fatais (veja o desenho).

Para todo praticante, portanto, torna-se obrigatório conhecer as áreas vitais do corpo humano e controlar a força de seus golpes. "Com um chute bem aplicado, posso deslocar a rótula de um oponente", afirma o faixa preta Bao-o Miamura. "Qualquer parte, do pescoço para cima, é mortal."

Nas competições oficiais, regras rigorosas tentam prevenir acidentes. Uma luta é vencida sempre por pontos, nunca por nocaute. O que vale é a execução do golpe – que não pode atingir o rosto, a nuca e o pescoço, pois, do contrário, o infrator será desclassificado.

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Ainda este ano, os atletas passarão a competir com máscaras protetoras de espuma, como no Japão, berço do esporte. Em 1900, na ilha japonesa de Okinawa, então sob o domínio da China, o rei Hasshi proibiu que os japoneses usassem armas, com medo de revoltas. Em compensação, os dominados criaram um método de defesa bastante perigoso. Em 1914, o japonês Gichin Funakoshi adaptou a luta e fez a primeira apresentação do esporte, em Quioto. Ele nem imaginava que, 78 anos mais tarde, a idéia se tomaria olímpica.

 

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Os dirigentes propõem que a nova Confederação Brasileira de Caratê, criada para desvincular as artes marciais da entidade de pugilismo, ganhe autonomia do Conselho Nacional de Desportos (CND). Assim, poderiam supervisionar, fiscalizar e, quando for o caso, fechar uma academia com ordem judicial. "Para se abrir uma hoje, basta ter um alvará da Prefeitura", denuncia Fialdini. "Depois, o sujeito compra uma faixa preta, designa-se mestre e começa a formar marginais."

A Confederação Brasileira de Caratê está processando um recadastramento de diplomas e faixas pretas. Muitos serão cassados, promete. É o caso do carateca Vágner Piconez, que no início do ano organizou um campeonato sul-americano pirata. Em sua academia na zona leste de São Paulo, ele se intitula "campeão das Américas" e faixa preta. Seu cadastro na Federação, no entanto, confere-lhe apenas uma faixa marrom. "Como este, há vários outros casos que precisam ser revistos", diz Oswaldo Messias, outro diretor da Federação.

Messias também lidera uma ação contra um certo Comando de Caça aos Trombadinhas. Trata-se de um bando formado por membros da antiga academia clandestina Dragões Vermelhos, que se investiam do papel de guardiões da lei contra os pequenos assaltantes e batedores de carteira no centro paulistano.

Existem muitas associações que lutam para manter a essência do esporte. Como a Academia Seibu Kan, do mestre japonês Juichi Sagara, 52 anos, um dos pioneiros do caratê no Brasil. "Há uma terceira força, além da física e mental, que não se leva mais em consideração", resmunga ele, faixa preta oficial do sétimo grau, com 40 anos de prática. "Sem elevar-se espiritualmente ninguém chega à nada”, acredita.

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O paulista Vezzuli (à direita): "Nossa meta é acabar com a violência"

Recentemente, o presidente do CND, Manuel Tubino, recebeu duras críticas dos dirigentes paulistas em razão de uma deliberação que permite às academias não-filiadas participarem de competições oficiais. "Nem pensei no caratê quando assinei essa resolução", defende-se Tubino, um ex-faixa marrom com 12 anos de experiência. Ele alega que pretendia beneficiar as academias de tênis e natação sem registro, com atletas de bom potencial. "Os maus professores não estão apenas nas associações chamadas clandestinas", observa Tubino. "A maioria deles não tem sequer diploma de Educação Física." De fato, mesmo as academias oficiais não exigem do instrutor mais que o segundo grau completo.

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Tubino, do CND: críticas dos caratecas

Qualquer que seja o caminho percorrer, no entanto, os dirigentes têm um único objetivo: combater as deformações do caratê e levar o esporte ao reencontro de suas origens pacíficas.

O primeiro passo será saber separar a fantasia da realidade e perceber que Bruce Lee era apenas um exímio acrobata.

Nelson Urt

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Considerações finais

Eu gostaria de fazer algumas observações antes de encerrar essa matéria.

A arrogância dessa matéria faz jus aos responsáveis, que eu não poderia deixar de fazer algumas perguntas.

 

As federações são realmente tão sérias assim? Então como se explica este trecho:

 

"Recentemente, o presidente do CND, Manuel Tubino, recebeu duras críticas dos dirigentes paulistas em razão de uma deliberação que permite às academias não-filiadas participarem de competições oficiais. "Nem pensei no caratê quando assinei essa resolução", defende-se Tubino, um ex-faixa marrom com 12 anos de experiência. Ele alega que pretendia beneficiar as academias de tênis e natação sem registro, com atletas de bom potencial."

Presidente da CND fazendo caridade para academias de tênis e natação? Hum, academias de esportes milionários não é verdade, será que precisa mesmo de uma forcinha? Na certa rolou uma propinazinha ai.

 

Outra coisa. Bruce Lee era acrobata? Ah! ele era apenas mais um clandestino.

 

 

Alexandre Fernandes de Oliveira

 

 

 

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